Oh, mar verdejante
Leva num nevoar inconstante
A brisa leve do amanhecer
Vermelha paixão sangrenta
Que o mar, ferramenta,
Sempre há de florescer
No ondoar do novo dia
Traga mais alegria
E me afasta da infelicidade
E me traga mais coragem
De imensidão, como tu:
Mar verdejante
Ouvinte de preces clementes
De jangadeiros infelizes
E poetas dementes
Lúdico cantor da natureza
Mostra tua beleza
E não se esconda em manguezais
Mostras teu poder sombrio
De carcaças afundadas
Por ser soberano e vil
Revelas de tuas profundezas
Teus mistérios e riquezas
De piratas inflamados
E navegantes do mundo
Vai, oh, rei da vida!
Infinito mar verdejante
Espalhas teu poder triunfante
Aos que insistem em ti maltratar
E os castiguem com teu singelo agouro
Não mostrando o teu tesouro
Mas negando o que tens para dar.
Tancredo Fernandes
Parahyba, 24 de agosto de 2008
Meu caro, coloque um botão aqui "curtir"! Muito bom! Parabéns! Ainda mais tocando nesse "ser" fantástico que é o Mar. Gostei demais! Abração!
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